Não passei aqui nestes últimos dias. Fomos todos a um resort no Cabo de Santo Agostinho.
Foi um final de semana – prolongado – daqueles que até Dudinha curtiu muito. O passeio incluiu muito sol, muita praia, muita piscina, muito sono e muita, mas muita comida mesmo.
Desde o momento em que chegamos lá, Dudinha passou a chutar menos e a mamãe dizia de vez em quando: “Fala um pouco com ela para ver se ela acorda. Estou meio preocupada”. Na verdade, Dudinha estava é relaxando também. Tenho certeza que essa menina vai ser daquelas adolescentes que vai ficar com a mamãe sentada numa espreguiçadeira pegando um sol e falando, vez por outra: “Papai, pega uma batatinha para a gente” ou “Estamos com vontade de beber uma água de coco”. Lembra que eu disse que a voz da mamãe vai ter respaldo de Dudinha? Pois é, nessas horas, a voz de Dudinha terá o respaldo da mamãe. Mas claro que eu vou ser esperto, não é? Nessas ocasiões estarei devidamente blindado contra pedidos incessantes tomando banho de mar!
Essa calmaria de Dudinha terminou ainda hoje de manhã. Estávamos eu e a mamãe tomando banho no mar quando um peixinho beliscou o dedo dela. Não sabia o quanto uma grávida de seis meses podia ser ágil, mas num piscar de olhos a mamãe pulou para o meu colo. Mas, fãs de Dudinha, não precisam ficar preocupados. A mamãe levou um susto, no entanto, não foi um susto muito grande. Foi apenas o suficiente para que Dudinha sentisse aquele pouquinho de adrenalina de dar um friozinho na barriga. Não sei se gostou, se houve um leve sobressalto ou se apenas estranhou, mas, em seguida, começou a chutar a barriga e a costela da mamãe.
Pois é Dudinha, foi mal que o fim da viagem foi um bungee jump para você, mas vai servir para que se prepare para brincadeiras radicais como correr no carrinho de bebê enquanto o papai faz caminhadas, ser carregada nas cachoeiras das piscinas, pular da barriga do papai na cama, entre muitas outras.
Na volta fomos para a casa de vovó Rita e a mamãe, juntamente com a vovó, tentaram costurar uma tulipa para fazer um não sei o que para não sei exatamente qual ocasião, mas tem algo a ver com Dudinha. Tudo começou a fluir muito bem, mas ao finalizar, elas não acertavam. Fizeram, desfizeram e refizeram algumas vezes o tal nó final, mas sem qualquer sucesso e eu lá só prestando atenção. Finalmente, percebi que o problema era que as duas não estavam acertando como fazer os pontos para formar um ‘X’ no tecido. O que faltava era apenas um toque masculino na tulipa, no que peguei a flor de pano, a agulha e mostrei como fazer. Embora, na verdade, eu tenha precisado de ajuda para dar o nó na linha – não sei como conseguem fazer aquilo com uma só mão – e depois para cortar.
Enquanto eu dava uma demonstração de habilidades geométricas, a mamãe fotografava:
No fim do dia, fomos ainda jantar na casa da vovó Silvia. Aproveitamos a visita para pegar o carrinho da minha filha, que chegou enquanto estávamos viajando. Pois é, Dudinha talvez seja a primeira pilota de Fórmula 1. Ao chegar já busquei saber como lidar com aquela máquina! Fiquei muito empolgado com ele! Espero levar muito minha filha para caminhar no novo brinquedinho – meu e de Dudinha.